O Professor tira dúvidas

Julho 01 2017

Resultado de imagem para segue o teu destino

Segue o teu destino,

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

 

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

 

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

 

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

 

Mas serenamente

Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

 

1-7-1916
 

Odes de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994).

 - 68.
 
 
 
 
publicado por OPTD às 16:24
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Maio 08 2017

 

poesia 7 mec

 

Os trabalhos apresentados podem ter algumas imprecisões, sendo da autoria de alunos:

 

as palavras

canção

urgentemente

Eugénio de Andrade

 

amar

Florbela Espanca

 

o papão

nossa senhora

cântico negro 

José Régio

 

a concha

five o'clock tea

meu coracao é como um peixe cego

Vitorino Nemésio

 

Não posso adiar o amor para outro século

para um amigo tenho sempre um relógio

António Ramos Rosa

 

impressao digital

Pedra filosofal

Lágrima de preta

Poema do fecho éclair

António Gedeão

 

historia antiga

Ariane

Segredo

A espera

Miguel Torga

 

O vagabundo do mar

Maria Campaniça

Mataram a tuna

Manuel da Fonseca

 

O sonho

O papagaio

Sebastião da Gama

 

Meninos tomaram coragem

quando-eu-partir-quando-eu-partir-de-novo/

linha-de-rumo

Morte em Timor

análise

Ruy Cinatti

 

amigo

Gaivota

auto-retrato

Alexandre O'Neill

 

Barco negro

Maria Lisboa

Capital

E por vezes

David Mourão-Ferreira

 

Correm as fontes ao rio

Percy_Bysshe_Shelley

publicado por OPTD às 21:51
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Maio 08 2017

 

 

 

poesia

origens, características formais

poesia artificial

sílabas métricas

publicado por OPTD às 21:44
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Dezembro 21 2016

Poema: Quando um Homem Quiser - Ary dos Santos - Poesia / Poemas no Citador

Quando um Homem Quiser

Tu que dormes à noite na calçada do relento
numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
és meu irmão, amigo, és meu irmão

E tu que dormes só o pesadelo do ciúme
numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
e sofres o Natal da solidão sem um queixume
és meu irmão, amigo, és meu irmão

Natal é em Dezembro
mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
é quando um homem quiser
Natal é quando nasce
uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto
que há no ventre da mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
tu que inventas bonecas e comboios de luar
e mentes ao teu filho por não os poderes comprar
és meu irmão, amigo, és meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
és meu irmão, amigo, és meu irmão

Ary dos Santos, in 'As Palavras das Cantigas'

 

publicado por OPTD às 15:44
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Junho 18 2016

(cerc)ARTE: OS BOIS E OS LIVROS, António José Forte


OS BOIS E OS LIVROS

Os bois não sabem ler e também não fingem que sabem. É por isso que nunca ninguém viu nenhum boi com um livro debaixo do braço. Mas há gente que tem a mania de ligar os bois aos livros. Ouve-se às vezes dizer: aquele não conhece uma letra nem do tamanho dum boi. E um filósofo alemão, que usava uns enormes bigodes, afirmou certo dia que ler, ler bem, era verdadeiramente uma ruminação, que é o que os bois fazem depois de introduzir a comida na boca. E que é o que não faz a maioria dos que não são bois, isto é, os homens que lêem livros. Os bois não sabem ler e não gostam nem de ler nem de comer livros, esta é a verdade. Por isso andam a puxar carros de bois, a puxar charruas e quando vão às touradas andam a correr dum lado para o outro às marradas. Os homens que sabem ler, mesmo mal, que andam atrás ou à frente dos bois, conforme as circunstâncias, e que não vêem um boi doutra coisa chamam-se ribatejanos. Os meninos, a quem são dirigidas estas palavras de muita sabedoria, não devem imitar o analfabetismo dos bois nem os homens que andam atrás ou à frente deles. Não andar nunca à frente dos bois porque podem tropeçar e cair e serem pisados pelos bois, não andar atrás porque podem levar com os rabos dos bois na cara e, como já sabem ler, não querem com certeza voltar a ser analfabetos. Numa coisa, porém, devem imitar sempre os bois: na ruminação. E isto quer dizer: ler, ler bem, ler com os olhos e com o pensamento.

António José Forte (1931-1988), Uma Faca nos Dentes, 2.ª edição, aumentada, Parceria A. M. Pereira, p. 124, 2003.

 

publicado por OPTD às 19:38

Maio 12 2016

 

 

concurso

 

publicado por OPTD às 19:44

Abril 10 2016

 

Atenção às inexatidões nalguns dos prezis...

 

pelo souto do crescente

João Airas de Santiago

Natália Correia

adaptações

 

cantiga partindo-se

João Roiz de Castel-Branco

adaptações

 

comigo me desavim

Sá de Miranda

adaptações

 

descalça vai para a fonte

aquela cativa

os bons vi sempre passar

alma minha gentil que te partiste

amor é um fogo que arde sem se ver

Camões

adaptações

 

chaves na mão, melena desgrenhada

Nicolau Tolentino de Almeida

 

magro, de olhos azuis...

Bocage

 

as minhas asas

barca bela

Garrett

adaptações

 

boas noites

João de Deus

adaptações

 

o palácio da ventura

Antero de Quental

 

de tarde

Cesário Verde

 

aqui sobre estas águas...

António Nobre

 

 

 

 

 

 

 

publicado por OPTD às 17:52
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Abril 04 2016

 

Indica o número de sílabas métricas de cada verso. 

 

Ó Rosa arredonda a saia

Ó Rosa arredonda-a bem

Ó Rosa arredonda a saia

Olha a roda que ela tem

 

O mar enrola na areia

ninguém sabe o que ele diz

bate na areia e rebola

porque se sente feliz

 

publicado por OPTD às 10:42
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Março 22 2016

 

 

https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/poetryme-e-o-primeiro-poeta-artificial-portugues-1629024

Experimenta!

Exemplos...

publicado por OPTD às 18:49

Março 14 2016

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Poesia: características, origens e afins

 

Tres-músicos.jpg

 

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publicado por OPTD às 18:51
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Um blogue de apoio às minhas aulas e a todos os que gostam de Português, Francês e tudo... Desde 2008.
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