Num terraço de Quimeras me assentei,
cansado o coração, pesada a alma,
as doces recordações pela calma
lembrando e o mais que já não terei.
Ó ligeiros Sonhos que em vão dourei,
ternuras suaves em vis tornadas,
ó nuvens de Juno tão desejadas,
que por vós em fria pedra fiquei!
De quem é a culpa desta Ilusão,
desta alegria em tormento vertido?
Tu, só tu, ingénuo coração.
Assim que só por Imaginação
minha e tanto amor breve perdido
sofro eu e vivo em tamanha paixão.