O Professor tira dúvidas

Junho 10 2012

 

 

 

Portugal, Portugal

Jorge Palma

Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

 

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

 

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

 

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

 

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

 

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

 

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

 

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

 

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

 

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

 


<input ... >

 

publicado por OPTD às 16:55

Junho 01 2012
 
A tripla adjetivação é soberba...

 

publicado por OPTD às 17:35

Março 13 2012

Carlos do Carmo : Uma flor de verde pinho

Música: José Niza
Letra: Manuel Alegre
Versos de Segunda, Carlos Nogueira
(vencedora do festival da canção de 1976)


Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
publicado por OPTD às 06:00

Janeiro 25 2012
 
 
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, poi se mudou
em tisteza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.

 

publicado por OPTD às 13:07

Janeiro 20 2012

Não se faz, mas vamos pontuar isto, porque sim...

Desculpa, S!

 

 

 

***

 

As ondas do mar quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim




( “ Dia do Mar “ 2005, Lisboa, Editorial Caminho)



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1376#ixzz1jz4LVIOb

 

Inicial

 

O mar azul e branco e as luzidias
Pedras O arfado espaço
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal espuma e concha regressada
À praia inicial da minha vida



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=447#ixzz1jz4ZYLlG

 

Liberdade

 

O poema é
A liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
Sílaba por sílaba
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge
Como se os deuses o dessem
O fazemos



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=213#ixzz1jz4k9xwn

 

Musa

 

Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos

Musa ensina-me o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=357#ixzz1jz52u1IH

 

 

As imagens pouco brilhantes, mas a música e a letra sim...

 

 

 

 

Camões e a tença

Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce

Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente

E aqueles que invoscaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto


Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência

Este país te mata lentamente



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=107#ixzz1jz5MjKc6

 

 

Duas leituras do mesmo poema:


 

+++

 

 

 

publicado por OPTD às 08:09

Dezembro 18 2011
publicado por OPTD às 16:59

Dezembro 11 2011
Chamar gordo a um gordo, japonês a um japonês, feio a um feio, deficiente a um deficiente, estúpido a um estúpido... só é mau, se a pessoa que chama tais coisas achar que essas palavras são más e isso tiver como pressuposto uma ideia de perfeição e superioridade da parte de quem diz tais coisas.
Já aconteceu tantas vezes nos últimos séculos... Até quando!?
 
 
 
 
 

O Sole Mio

tradicional napolitano

Che bella cosa na jurnata 'e sole,
n'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare gia` na festa,
che bella cosa na jurnata 'e sole.


Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne',

 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te,

sta 'nfronte a te!


Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,

me vene quase 'na malincunia.
Sotto 'a fenesta toia restarria,
quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.


Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne',

 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio,

sta 'nfronte a te,

sta 'nfronte a te!

publicado por OPTD às 15:15

Novembro 28 2011

 

Amália Rodrigues

Zanguei-me com meu amor
Não o vi em todo o dia
À noite cantei melhor
O fado da Mouraria!

 

O sopro duma saudade
Vinha beijar-me, hora a hora.
P'ra ficar mais à vontade,
Mandei a saudade embora!

 

De manhã, arrependida,
Lembrei-me e pus-me a chorar.
Quem perde um amor na vida,
Jamais devia cantar!

 

Quando regressou ao ninho
Ele que mal assobia,
Vinha a assobiar baixinho
O fado da Mouraria!

 

 

 A propósito da distinção da UNESCO e da redondilha...

 

Indica o tipo de estrofe, o esquema rimático, o tipo de rima e o número de sílabas métricas.

 

http://www.infoescola.com/literatura/versos-rimas-estrofes/

 

http://edesete.blogs.sapo.pt/28161.html

 

http://www.portalfiore.com/etheree.htm exercício

 

 

 

publicado por OPTD às 08:13

Agosto 15 2011

Magnificat anima mea Dominum
Et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo.
Quia respexit humilitatem ancillæ suæ: ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes.
Quia fecit mihi magna qui potens est, et sanctum nomen eius.
Et misericordia eius a progenie in progenies timentibus eum.
Fecit potentiam in brachio suo, dispersit superbos mente cordis sui.
Deposuit potentes de sede et exaltavit humiles.
Esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes,
Suscepit Israel puerum suum recordatus misericordiæ suæ,
Sicut locutus est ad patres nostros, Abraham et semini eius in sæcula.

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto
Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum.
Amen.

 

 

publicado por OPTD às 15:06

Maio 25 2011

 

Liberdade
Sérgio Godinho
 

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente

 

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada

 

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação

 

só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.

 

 

Satisfeita?!

publicado por OPTD às 17:47

Um blogue de apoio às minhas aulas e a todos os que gostam de Português, Francês e tudo... Desde 2008.
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